sábado, 22 de junho de 2024

Relato de sessão, Dungeon Trash, Dia 1


Dungeon Trash - Jogo teste aberto

Sessão 1: 05/06/24 no Discord do Rizoma (agradecimentos ao César pelo espaço)

Jogadores: Thiago Elendil, Ewerton, Gustavo e Xikowisk

Personagens: Afrânio (Elendil), Tovak (Ewerton), Dimas (Gustavo) e Zé (Xikowisk)

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Dia 1 do Segundo Ano Pós-Bomba

Afrânio, Tovak, Dimas e Zé buscavam a melhor maneira de racionar os poucos recursos que ainda tinham para sobreviver. Restavam apenas algumas bolachas, água potável e dois litros de Trash Cola, que com sorte durariam pelo dia.

Sentados ao redor de uma pequena fogueira improvisada dentro do bunker, Tovak confirmou que o gerador havia se "entregado".

— Fiz o meu melhor, mas não tem jeito. Temos que ir à superfície para encontrar uma correia, ferramentas e combustível se quisermos manter essa geringonça operante — disse, após molhar a garganta com o resto de Trash Cola.

— A comida e a água também estão acabando. Não vai ter jeito mesmo! Temos que nos arriscar — emendou Afrânio.

Os quatro incautos decidiram explorar ao norte do colégio onde o bunker estava situado. Dimas notara, na última vez que passaram por lá, um hospital e uma pilha de roupas no hall de entrada, onde poderiam encontrar algo de valor além de mantimentos durante a exploração.

Porém, no momento em que Afrânio abriu a comporta do bunker, foi obrigado a fechá-la imediatamente ao constatar que chovia ácido.

Esperaram por cinco horas e, próximo das 13h, saíram em direção ao hospital sob uma temperatura fria de uns 10 graus Celsius. Ao chegarem, avistaram a pilha de roupas logo no hall de entrada, mas decidiram fazer uma ronda no perímetro para garantir um pouco de segurança.

Os quatro decidiram circular o hospital por fora do pátio, cercado por telas. Avaliando com cautela, constataram que havia seis banheiros químicos com as portas abertas, enquanto ouviam o som de um motor veicular na rua atrás do hospital.

Afrânio tocou no ombro de Dimas e fez um sinal informando que investigaria os banheiros. Dimas acenou e o seguiu com um machado em punho. Zé e Tovak decidiram esperar, vigiando o perímetro.

Afrânio esgueirou-se entre contêineres de lixo e espiou em direção aos banheiros. Seu coração acelerou quando a temperatura começou a cair bruscamente e pequenos flocos de neve escorreram por seu nariz. Ele avistou duas criaturas estranhas, humanoides curvados, com braços longos, orelhas grandes e circulares e um nariz que parecia um focinho de uma besta infernal. Afrânio engoliu seco e, com a voz quase inaudível, pediu para Dimas voltar e avisar os outros.

Após alguns minutos, Dimas, Zé e Tovak chegaram até Afrânio.

— Eu vou dar fim a um deles e vocês dão cabo do outro — resmungou Afrânio.

— Você é louco! Vamos esperar um pouco! — A lucidez de Zé tentou subverter a ideia de Afrânio.

Os quatro entraram em consenso e decidiram esperar. Afrânio, observando as duas criaturas, notou que uma começava a dirigir-se para a rua de onde vinha o som do motor veicular, enquanto a outra entrava em um dos banheiros químicos.

— Agora é a hora! Vamos dar cabo do que entrou no banheiro! — disse Afrânio.

Os quatro se dirigiram até o banheiro, já com armas em punho e a ansiedade pulsando. Ao chegarem à porta, que estava aberta, sentiram um misto de alívio e decepção. Alívio por não precisar enfrentar aquela criatura horrenda, e decepção ao constatarem que o banheiro era uma passagem para o subterrâneo. Um enorme buraco no chão sujo e fedorento, no lugar do vaso sanitário, estava ali como uma boca aberta pronta para engoli-los. Os quatro encararam a cena com as mãos nas narinas para não vomitar diante da podridão.

— Deixemos isso pra lá, vamos seguir o outro e ver o que está acontecendo naquela rua! — resmungou Tovak.

Perseguindo a passos cautelosos, os quatro se esgueiraram até a esquina, pegando cobertura na parede do hospital. Afrânio, devido à pouca visibilidade causada pela neve e pela pouca luminosidade natural, decidiu colocar seus óculos de visão noturna e espiar para ver o que estava acontecendo.

Afrânio enxergou sete daquelas criaturas horrendas que estavam no banheiro, junto à que eles estavam perseguindo. Elas estavam em cima de um palanque de madeira, comemorando e debochando de outras seis criaturas que se aglomeravam ao lado de duas gaiolas motorizadas com quatro rodas enormes. Em questão de alguns minutos, Afrânio percebeu que essas outras criaturas eram menores e começavam a correr para pegar impulso, abrindo asas e saindo voando! Enquanto uma delas partia em sua gaiola motorizada, as criaturas do banheiro começaram a voltar com uma caixa que parecia ser o prêmio disputado com as outras criaturas, dirigindo-se na direção dos quatro incautos.


Afrânio, Dimas, Tovak e Zé correram de volta, em busca de cobertura para se esconderem e observar. Constataram que as criaturas também adentravam pelo banheiro, e o silêncio tomou conta do local.

— Vamos voltar, está frio e escurecendo. A neve vai piorar! — resmungou Zé.

No caminho de volta ao bunker, os quatro incautos, por sorte, encontraram recursos para aguentarem mais três dias nessa podridão que se tornara o mundo.


Dungeon Trash é um jogo de horror e sobrevivência Trash em um mundo devastado pela poluição ambiental. Está em fase de jogos teste e é de autoria de Thiago Roos e Thiago Elendil.

Thiago Roos

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Relato de sessão, Kalymba, A doença, parte 1


Jogo: Kalymba

Data: 2024-06-03 20:00

Nível: Moleque

Sinopse: Os Guardiões de Pontalua convocam até 5 dos seus valorosos membros para investigar sobre uma estranha doença mortal que é capaz de matar criaturas pequenininhas mais rápido que Agogwe botando as tripas para fora...e é exatamente isso que está acontecendo, entre outras coisas. Precisamos urgentemente de membros corajosos dispostos a investigar e resolver a desgraça antes que toda uma tribo de bondosos Agogwes batam as bolas e desapareçam para sempre da face de Aiyê.

Griô: Rodrigo Semente

Protagonistas: Nawi (Rabelo) e Wina (Xikowisk)

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Após a convocação de Kartha, a cartógrafa, surgem dois novos membros para os Guardiões: Wina, a bouda devota de Yami; e Nawi, a humana mandingueira porradeira devota de Bao. As duas recebem de Kartha a missão de descobrir a causa da doença descoberta anteriormente por outro Guardião (Doduo) que trouxe um agogwe para a Pirâmide.

Os dois aceitam a missão e recebem, jogado em seus braços, o pequeno Mogli, o agogwe. Wina se joga da Pirâmide ao saber que Mogli consegue cair lentamente através de mandinga, que é seguido pelo pequeno peludo que se diverte muito com a possibilidade de se estabacar no chão, deixando pra última hora o uso da mandinga, o que faz Wina se borrar de medo. Em seguida Nawi pula e usa com mais tranquilidade a mandinga parando com mestria próximo a Wina e Mogli.

Os três seguem para a vila do pequenininho e, lá chegando, verificam que metade dos agogwes já morreram. Conseguem falar com Kumba, um agogwe obeso cuja maior diversão é comer, e descobrem que o começo dos eventos se devia a água preta encontrada no rio próximo. Então eles distraem os agogwes, fingindo brincar de esconde esconde, e rumam para o rio, onde logo de cara encontram a mancha escura. Puxando da memória, Nawi acha que pode haver alguma relação com uma praga lançada por um devoto de Ulom.  Wina toca a mancha com sua azagaia, e vendo a proliferação desta, larga a arma e recua do perigo com um passo para traz. Nawi usa sua mandinga para criar frutos da cura e despeja o sumo de um deles no pragado objeto como experimento. Percebendo que dissolveu a mancha, usa mandinga para detectar a origem da praga. Avista uma tênue aura conectando-a com algo ao sul.

As duas partem para o sul através da floresta e após um dia de viagem Wina percebe um cheiro semelhante ao deixado pela gosma em sua azagaia resgatada. Tomada da pressa que o rastro exigia, corre em direção ao cheiro chegando a uma rocha que tinha sua superfície esculpida como se fios de palha fossem. Wina sente a aura do local e é atacada pela sessão avassaladora vinda da rocha, que parece misturar uma aura divina em briga com uma aura corrompida.

As duas decidem não entrar no local no momento para reportar aos Guardiões as descobertas.

Rodrigo Semente