Estava eu tentando acalmar uma crise depressiva, decorrente do acordar tarde e faltar a uma Sessão Remela do Rizoma Cultura RPG, com buscas decorrentes do vídeo do DM Quiral onde ele afirmou que o termo RPG foi cunhado pela equipe do Tunnels & Trolls (Túneis e Trols).
Até perguntei a fonte nos comentários, "Eu achei que tinha perguntado, mas me equivoquei. Tem fonte dessa informação da cunhagem do termo RPG pelo pessoal do T&T?". O Quiral me respondeu 2h 33min depois, mas isso eu conto mais pra frente.
A afirmativa me fez procurar tal JIP. Lembrei, primeiramente, de um ocorrido compartilhado pelo Magno Souza, na Ação RPGista Antifascista, há um tempo (dia 21 fará 2 anos), Em que a um fã, descontente com uma postura racista e islamofóbica da editora Flying Buffalo Inc., vulgo FBI, queimou sua coleção.
Continuei a busca pela confirmação da história. Depois de baixar uma cópia do PDF de relançamento (2013) da 1ª edição, e ver que a informação que buscava não estava lá, e não achar (por ora) a 2ª, achei o artigo Uma breve história de D&D e jogos abertos, de Tomas McIntee. O artigo me prendeu até o 7º parágrafo onde li:
Elementos temáticos foram emprestados livremente de uma ampla gama de romances de fantasia e ficção científica, geralmente sem citação direta. Mais notoriamente, isso levou a um processo judicial da propriedade litigiosa de Tolkein, que levou os “hobbits” a serem renomeados como “halflings”, mas inclui algumas coisas que estão principalmente associadas à marca D&D hoje, como bestas deslocadoras, espadas vorpal e a versão regeneradora dos trolls.
Vorpal. Não confundir com o antigo sítio do Fabiano Neme, que tá de casa nova. Lembrei de já ter procurado o verbete anteriormente, mas a esclerose quadragenária me impede de saber quando. Foda-se. O verbete é um neologismo de Lewis Carroll para Jaguadarte (Jabberwocky, no original em inglês), um poema sem sentido que aparece no livro Alice no País dos Espelhos (1871), e considerado um dos principais poemas sem sentido escritos em imperialês.
O Jaguadarte, ilustrado por John Tenniel |
Segundo consta, Carroll disse que não poderia explicar a palavra vorpal, embora tenha sido notado que ela pode ser formada por letras alternadas de verbal e evangelho (gospel), segundo Martin Gardner, em The Annotated Alice (A Alice Anotada), de 1971. Aparece no Dicionário Collins como:
vorpal
in British English
(ˈvɔːpəl )
ADJECTIVE
literature
fatal
Porém tratam-se de conjecturas. A tese do Gardner parece até brisa de Jesus na goiabeira. Afinal o que é vorpal?
Porra, Franciel! 😂 |
Resolvi ler o poema traduzido, afinal não falo imperialês. Achei SETE TRADUÇÕES! O mais apreciado é “Jaguadarte”, título da versão feita por Augusto de Campos. Mas ainda existe “Tagarelão”, “Pargarávio”, “Bestialógico”, “Blablassauro” e “Algaravia”. Vê o poema original e as 7 traduções.
Jabberwocky
Lewis Carrol
‘Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe:
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.
“Beware the Jabberwock, my son!
The jaws that bite, the claws that catch!
Beware the Jubjub bird, and shun
The frumious Bandersnatch!”
He took his vorpal sword in hand:
Long time the manxome foe he sought—
So rested he by the Tumtum tree,
And stood awhile in thought.
And, as in uffish thought he stood,
The Jabberwock, with eyes of flame,
Came whiffling through the tulgey wood,
And burbled as it came!
One, two! One, two! And through and through
The vorpal blade went snicker-snack!
He left it dead, and with its head
He went galumphing back.
“And hast thou slain the Jabberwock?
Come to my arms, my beamish boy!
O frabjous day! Callooh! Callay!”
He chortled in his joy.
‘Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe:
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.
Traduções em Português
JAGUADARTE
Augusto de Campos
Era briluz. As lesmolisas touvas
roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
“Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!”
Ele arrancou sua espada vorpal
e foi atras do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando atraves da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
Cabeca fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
“Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!”
Ele se ria jubileu.
Era briluz.As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
PARGARÁVIO
Maria Luiza X. de A. Borges
Solumbrava, e os lubriciosos touvos
E vertigiros persondavam as verdentes;
Trisciturnos calavam-se os gaiolouvos
E os porverdidos estringuilavam fientes.
“Cuidado, ó filho, com o Pargarávio prisco!
Os dentes que mordem, as garras que fincam!
Evita o pássaro Júbaro e foge qual corisco
Do frumioso Capturandam.”
O moço pegou da sua espada vorpeira:
Por delongado tempo o feragonists buscou.
Repousou então à sombra da tuntumeira,
E em lúmbrios reflaneios mergulhou.
Assim, em turbulosos pensamentos quedava
Quando o Paragarávio, os olhos a raisluscar,
Veio flamiscuspindo por entre a mata brava.
E borbulhava ao chegar!Um , dois! Um, dois!
E inteira, até o punho,
A espada vorpeira foi por fim cravada!
Deixou-o lá morto e, em seu rocim catunho,
Tornou galorfante à morada.
“Mataste então o Pargarávio? Bravo!
Te estreito no peito, meu Resplendoso!
Ó gloriandei! Hosana! Estás salvo!”
E na sua alegria ele riu, puro gozo.
Solumbrava, e os lubriciosos touvos
E vertigiros persondavam as verdentes;
Trisciturnos calavam-se os gaiolouvos
E os porverdidos estringuilavam fientes.
O TAGARELÃO
William Lagos
Era o Assador e os Sacalarxugos
Elasticojentos no eirado giravam
Miserágeis perfuravam os Esfregachugos
E os verdes porcalhos ircasa arrobiavam.
Cuidado, meu filho, com o Tagarelão!
Te morde com a boca e te prende com a garra!
Escapa ao terrível Jujupassarão
E foge ao frumoso e cruel Bandagarra!
Cingiu à cintura sua espada vorpal
E por longo tempo o manximigo buscou
Da árvore Tumtum na sombra mortal,
Em cismas imerso afinal descansou.
E assim, ufichado em seu devaneio,
O tagarelão, com olhos de chama,
Surdiu farejando do bosque no meio:
A gosma supura e a baba derrama!
Um, dois! E dois, um! A lâmina espessa
Cortou navalhando sua espada vorpal!
Deixou-lhe o cadáver e trouxe a cabeça;
Voltou galufando em triunfo total! “
Pois mataste destarte o Tagarelão?
Vem dar-me um abraço, meu filho valente!
O fragor desse dia! O meu coração
Em êxtase canta loução e contente!
Era o Assador e os Sacalarxugos
Elasticojentos no eirado giravam
Miserágeis perfuravam os Esfregachugos
E os verdes porcalhos ircasa arrobiavam.
BESTIALÓGICO
Eugênio Amado
Brilhava o dia, e uma fumaça
No céu girava sem parar;
Palhaços sérios espiavam
Loucos risonhos a cantar.
Cuidado com o Bestialógico!
Se ele te pega é perdição!
Cuidado com a Ave Jujuba
E o terrível Bicho-Papão!
Ele tomou de sua espada
E foi atrás de uma inimiga;
À sombra da árvore Tuntun,
Descansou, coçando a barriga.
E ali ficou o Bestialógico,
Olhos selvagens, chamejantes,
Resfolegando na floresta
Com mil idéias borbulhantes.
Um, dois! Um, dois! Veio marchando.
Ao vê-la ergueu a espada e – zop!
Deixou-a morta e sem cabeça,
Voltando em seguida a galope.
Mas quem morreu? O Bestialógico?
Pois então vem até os meus braços!
Que lindo dia! Tu mereces
Milhões de beijos e de abraços!
Brilhava o dia, e uma fumaça
No céu girava sem parar;
Palhaços sérios espiavam
Loucos risonhos a cantar.
BLABLASSAURO
Ricardo Gouveia
Brilumia e colescosos touvos
No capimtanal se giroscavam;
Miquíticos eram os burrogouvos,
E os mamirathos extrapitavam.
“Foge meu filho, do Blablassauro!
Boca que morde, garra que agarra!
Fica longe do Ornitocentauro
E do frumioso Bombocarra!”
Nas mãos tomou sua espada vorpal:
Venceria o manxomo inimigo!
Pensaparou ao pé de um Tumtal,
Meditando, ele e seu umbigo.
Em úfia concentração pensava;
E o blablassauro, olhar flamejante,
Do bosque tulgeo, aos bufos chegava
Balouçando o corpo borbulhante!
Zás-trás! Alto a baixo, lado a lado
Corta e pica a lâmina vorpal!
Levando a cabeça do malvado,
Galunfante, voltou afinal.
“Então o Blablassauro morreu?
Vivas! Frabujoso! Quem diria?
Abraça-me, briante filho meu!”
E ele ria de pura alegria.
Brilumia e colescosos touvos
No capimtanal se giroscavam;
Miquíticos eram os burrogouvos,
E os mamirathos extrapitavam.
ALGARAVIA
Oliveira Ribeiro Netto
Era o auge e as rolas brilhantes
Pelo ar giravam, giravam.
Palhaços davam pinotes,
Os montes se amontoava.
– Cuidado com a Algaravia,
meu filho, ela morde e arranha!
Bicho papão te carrega,
O Lobisomem te apanha!
Ele de espada na mão
Foi buscar o inimigo…
Junto dum mandacaru
Ficou pensando consigo.
Enquanto estava cismando,
Vem do mato a Algaravia.
Dos olhos saia fogo,
Era brasa que cuspia.
Um dois, um dois, zás-trás,
Num instante ele a matou,
Cortou depressa a cabeça
E pra casa voltou.
– Vem aos meus braços meu filho!
Tu mataste a Algaravia?
Dia feliz! Salve! Salve!
E cantava de alegria.
Era o auge e as rolas brilhantes
Pelo ar giravam, giravam.
Palhaços davam pinotes,
Os montes se amontoava.
ALGARAVIA
Pepita de Leão
Era o fervor, e as rutilas rolinhas
Girando, o taboleiro afuroavam.
Estavam os truões bem divertidos,
E os cerros patetas se firmavam.
“Cuidado com o Algaravião, meu filho!
Ele morde, e segura até um homem!
Cuidado com o Pássaro Bisnau,
E foge do terrível Lobishomem!”
Ele pegou na espada bem afiada,
Levou tempo, buscando o inimigo …
Foi descansar ao pé da Bananeira,
E ali ficou, pensando lá consigo.
E enquanto ali estava a matutar,
Lá de dentro do mato vem chegando
O Algaravião de olhos de fogo,
E de longe ele vinha já bufando!
Um, dois! Um, dois! E assim de lado a lado
A lâmina cortante foi rangendo!
Ele matou-o pegou na cabeça,
E de volta p’ra casa foi correndo.
“Tu mataste o Algaravião, meu filho?
Dá-me um abraço! Que glorioso dia!
Que dia glorioso! Viva! Vivôôô!…
Ele também deu vivas de alegria.
Era o fervor, e as Rutilas rolinhas
Girando, o taboleiro afuroavam.
Estavam os truões bem divertidos,
E os cerros patetas se firmavam.
Eu gostei mais do Blablassauro, do Gouveia. Mas como o FDP DO CARROLL NÃO PODIA EXPLICAR A PALAVRA vamos aplicar a construção de uma palavra com um pedaço de outras duas, como Lusidali, filha de Seu Lusimar e Dª Dalila, e como esse Guimarães Rosa de meia tigela fez na maioria dos neologismos no poema. Primeiramente separemos o verbete em 2: VOR e PAL. Agora procuramos palavras, em imperialês, começadas e terminadas com esses trechos, usando O Dicionário Livre. De cara já escolho VORaz (VORacious). Poderia ficar com a escolha óbvia PAL (amigo íntimo), mas a primeira definição de PALe é, Uma estaca ou vara pontiaguda; um piquete (A stake or pointed stick; a picket). Então temos que o verbete VORPAL porder-se-ía significar ESTAVOR (estaca+voraz). O que resulta na seguinte versão de Blablassauro:
(...)
Nas mãos tomou sua espada estavor:
Venceria o manxomo inimigo!
Pensaparou ao pé de um Tumtal,
Meditando, ele e seu umbigo
(...)
Zás-trás! Alto a baixo, lado a lado
Corta e pica a lâmina estavor!
Levando a cabeça do malvado,
Galunfante, voltou afinal.
(...)
Feito o exercício neologístico, voltemos a duvida, agora já respondida pelo amigo Quiral:
Xikowisk
Eu achei que tinha perguntado, mas me equivoquei. Tem fonte dessa informação da cunhagem do termo "RPG" pelo pessoal do T&T?
DM Quiral
Tem sim. Vou te passar três:
1. Playing at the World
2. Dados & Homens
3. O império da imaginação
🤘🤘🤘
Bom, Playing at the World: A History of Simulating Wars, People and Fantastic Adventures, from Chess to Role-Playing Games (Jogando no mundo: uma história de simulação de guerras, pessoas e aventuras fantásticas, do xadrez aos Jogos de Interpretação de Papéis), de Jon Peterson, não tem tradução ainda, reserve; Dados e Homens, de David M. Ewalt, saiu pela Editora Record em 2016, e eu tenho, comece por aqui; Dungeons & Dragons: O império da imaginação, de Michael Witwer, saiu aqui pela Leya, também em 2016, e lembro te tropeçar nele no Telegram, ver em seguida.
Dados e Homens p. 128 |
Folhei a 2ª fonte e achei só 2 menções a T&T. O que poderia ter demorado menos, já que o livro conta com índice remissivo. 😅 Porém, como mostro acima, não há crédito pra a cunhagem do verbete RPG. Seguindo para a 3ª fonte obtida no Telegram, na p. 51 temos:
Ironicamente, foram essas ações da TSR que levaram os pequenos imitadores a desenvolver um termo genérico para os jogos como D&D, para que pudessem continuar a vender os seus produtos. Depois das ameaças por quebra de copyright, a Flying Buffalo removeu todas as menções de Dungeons & Dragons e de outros jogos da TSR de seus anúncios, escolhendo se referir a eles como “outros jogos de interpretação de papéis de fantasia”(Citado e desenvolvido em Peterson, 2012, 556). O termo apareceu pela primeira vez em uma propaganda de Tunnels & Trolls na edição de 1º de agosto de 1976 do catálogo da Metagaming Concepts. Foi assim que o termo “jogo de interpretação de papéis” surgiu.
Peterson recebe referência aqui, então me sinto obrigado a ver o seu livro ainda não traduzido. Como a versão catada é em EPUB, a busca fica bem mais dinâmica usando o Calibre:
Flying Buffalo also elected to remove the words “Dungeons & Dragons” from all advertising for Tunnels & Trolls. Their advertisement in the Metagaming catalog published on August 1, 1976, shows us how they circumvented the need to mention any TSR products: “Similar in concept to other fantasy role-playing games, Tunnels and Trolls has the advantage of a more simple design and less detail.” The construction “other fantasy role-playing games,” building on the reference to “role-playing game” Flying Buffalo’s boss Rick Loomis had already dropped in the May Wargamer’s Information, served as a very convenient euphemism for a certain game with a majority of the market share. “Monsters! Monsters! is an all new fantasy role-playing game from Metagaming Concepts,” we learn elsewhere in the same catalog, and “major omissions and contradictions that plague other fantasy game systems are not part of Monsters! Monsters!” In case there was any confusion about what those “other fantasy game systems” might be, another advertisement on the same page helpfully begins, “Dungeons & Dragons is the original fantasy role-playing game.” Thanks to TSR’s prohibitions, Flying Buffalo and Metagaming became the first companies to market their products as “role-playing games” in the sense that the future game industry would recognize. This advertising copy echoed into product reviews as well; for example, in the American Wargamer (November 1976), by way of reviewing Monsters! Monsters!, George Phillies calls it a “role-playing game.” [AW:v4n4] Even more rapidly, Avalon Hill picked up the term: in the July 1976 issue of the General, a list of new titles under consideration includes “Gunfighter—an individual role-playing game of life and adventure in an old west cowtown” and “Comanche—Another role-playing game from the old west.” [AHG:v13n2]
Traduzindo:
A Flying Buffalo também decidiu remover as palavras “Dungeons & Dragons” de toda a publicidade de Tunnels & Trolls. Seu anúncio no catálogo Metagaming publicado em 1º de agosto de 1976 mostra como eles contornaram a necessidade de mencionar qualquer produto TSR: “Semelhante em conceito a outro jogo de interpretação de papéis de fantasia, Tunnels and Trolls tem a vantagem de um desenho mais simples e menos detalhe”. A construção "outro jogo de interpretação de papéis de fantasia", com base na referência ao "jogo de interpretação de papéis" que o chefe da Flying Buffalo, Rick Loomis já havia largado no Wargamer's Information de maio, serviu como um eufemismo muito conveniente para um determinado jogo com a maioria dos a participação de mercado. “Monsters! Monsters! (Monstros! Monstros!) é um jogo de interpretação de papéis de fantasia totalmente novo da Metagaming Concepts”, lemos em outro lugar no mesmo catálogo, e “grandes omissões e contradições que afligem outros sistemas de jogos de fantasia não fazem parte de Monsters! Monsters!” Caso haja alguma confusão sobre o que esses “outros sistemas de jogos de fantasia” podem ser, outro anúncio na mesma página começa de forma útil, “Dungeons & Dragons é o jogo de interpretação de papéis de fantasia original”. Graças às proibições da TSR, a Flying Buffalo e a Metagaming tornaram-se as primeiras empresas a comercializar seus produtos como “jogos de interpretação de papéis” no sentido que a futura indústria de jogos reconheceria. Essa cópia de publicidade também ecoou nas análises de produtos; por exemplo, no American Wargamer (novembro de 1976), por meio de revisão de Monsters! Monsters!, George Phillies chama isso de “jogo de interpretação de papéis”. [AW:v4n4] Ainda mais rapidamente, a Avalon Hill adotou o termo: na edição de julho de 1976 do General, uma lista de novos títulos em consideração inclui “Gunfighter (Pistoleiro) – um jogo de interpretação de papéis individual de vida e aventura em uma vila-vaqueira do velho oeste” e “Comanche – Outro jogo de interpretação de papéis do velho oeste”. [AHG:v13n2]
Moral da busca: Sempre veja se há índice remissivo; O vorpal do Carroll pode ser estavor (estaca+voraz); e Tunnels & Trolls cunhou o termo JIP em 1º de agosto de 1976.
Obrigado pela leitura, beijo no quengo e até a próxima.
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