segunda-feira, 15 de maio de 2023

Códice Serafiniano, surrealismo e empatia analfabeta

Estava eu passeando pelo Anuário do tio Zuque, quando me deparei com uma tela-impressa de um desses sítios caça-cliques.
Curioso, procurei e confirmei a suspeita do parágrafo anterior: isca. Mas falemos da minhoca.
O Códice Serafiniano (Codex Seraphinianus) é uma enciclopédia sobre um mundo imaginário com um texto indecifrável com mais de mil desenhos feitos pelo artista e arquiteto italiano Luigi Serafini entre 1976 e 1978. A primeira edição do livro foi publicada em 1981 pela Franco Maria Ricci
Códigos e Enigmas sem solução, nada mais é que, segundo o autor, a linguagem do Códice não possui nenhum significado, e que sua intenção era reproduzir o efeito causado em uma criança analfabeta, que tem consciência de que as palavras e símbolos possuem um sentido porém não consegue interpretá-las.
Baixei o livro, ainda movido pela causa mortis felina. Mermão! Que livro de arte sensacional. É como se fosse uma enciclopédia tradicional, como Larousse ou Barsa, com vários aspectos do mundo criado por Serafini, abordando a zoologia, a botânica, a mineralogia, a etnografia, a arquitetura, etc. Me lembrou Troika, um pouco.
Mas será que, como disse o Nascimento, daria um RPG incrível? PRA CARALHO! O Códice é um prato cheio, não, um tigelão de inspiração prum cenário jotaipístico.
Dá só uma olhada nesse cidade, construída ao redor de uma nascente, no cume de um morro, com lago artificial, hidrelétrica e os caralho e me diz se dá uma coceira no quengo pra próxima sessão.
Ou esse antro, ruína de uma civilização esquecida pela memória, só aguardando a cobiça e coragem de aventureiros para desbravá-lo. Tem muito mais coisa pra te inspirar no Códice Serafiniano.
A cópia que catei no Academia.edu tava meio zoada. Capa seguida de contracapa, ambas num tamanho menor do que o miolo, mas arrumei tudinho e coloquei lá na EVA pra tu baixar. Beijo no quengo e até a próxima.

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