domingo, 21 de julho de 2024

Aforismos SISPRO 16, Desenterrando o passado


16:12 20/07/2024

Achei um estudo sobre escavação que havia feito há um ano e esquecera nas Mensagens Salvas do Telegram. Segue a transcrição.


23:19 11/06/2023

Cara, já tem umas duas horas(1h55min, na verdade. Comecei 21h24min),mais ou menos, que eu estou vendo cálculo de escavação. Já vi cálculo de escavação, de aterramento, memória de cálculo da EMUSA, em Niterói, que eu tinha visto que a busca correlacionava a memória de cálculo de várias prefeituras eu só abri a de Niterói. Porque se for pra pesquisar alguma coisa que seja local. Achei uma calculadora muito boa que eu sei até o custo de cobrança, só não sei o tempo até agora. Com base no volume, dá pra você calcular o custo, mas o tempo da ação eu não seguir achar. Então por exemplo, se a gente pegar uma cova, que padrão nacional é de 2,2 x 0,8 x 1,70 m (CxLxP), a profundidade é dez centímetros a mais do que os famigerados sete palmos (1,6 m), eu sei que custa três conto (R$ 3000,00) pra você fazer um um buraco desse porte, só que o tempo necessário para a realização da tarefa que eu não descobri ainda. E eu acho eu acho que é pertinente. 

Pruma regra mais avançada do sistema. AD&D primeira edição, se muito não me engano, já tinha regra de sobrevivência: Você tem que enterrar o corpo do colega, né? O cara que quiser jogar uma regra mais avançada, ele vai querer regra de cavar. Porque uma coisa é você não ter regra pra uma coisa, outra coisa é a regra está lá pra pra facilitar a vida do mestre. É igual matemática, hoje você tem eh fórmula pra várias coisas, e antigamente o cara tinha que fazer a álgebra linear todinha pra chegar na fórmula, hoje em dia a gente pega a fórmula e aplica, porra, mata uma resolução do problema muito mais fácil. Eu queria dar esse cálculo pro camarada que quer fazer, de repente, um um jogo de guerra aí mais realista. Se ele quiser dar esse realismo na campanha, vou dá o ferramental necessário que ele precisa dentro da BALA, e outras tarefas mais comuns de sobrevivência. Porque, por exemplo, é pra você fazer uma fossa séptica pra enterrar suas fezes, você precisa primeiro cavar um buraco, isso tudo demanda um tempo. O que é muito curioso, a pessoa fazer uma fossa séptica pra dar um barrão. Imagina o caso cavar apertado. Eu calculo que o cara primeiro faça que tem que fazer, depois cave o buraco pra enterrar as coisas dele. Enfim continuemos.


ESCAVAÇÃO. In: NILES, Douglas. AD&D Guia de Sobrevivência do Antreiro. Lake Geneva: TSR, Inc., 1986. cap. REGRAS DE MOVIMENTO PARA JOGO SUBTERRÂNEO, p. 21. ISBN 0880382724.


18:52 20/07/2024

O GSA menciona a página 106 do Livro do Mestre, de 1979. Além da mesma tabela de MINERAÇÃO: VOLUME CÚBICO DE ROCHA POR 8 HORAS DE TRABALHO POR MINEIRO, lá está:

“CONSTRUCTION TIME

Earth Excavation: The cost of the ditch 100' in length, 10' deep, and 20'  wide assumes that a crew of 3-4 men work for six weeks. If soil is heavy  clay, time will be doubled.”

Traduzindo:

“TEMPO DE CONSTRUÇÃO

Escavação de Terra: O custo da vala de 30,48 x 6,096 x 3,048 m (566,34 m³) pressupõe que uma equipe de 3 a 4 homens trabalhe durante seis semanas. Se o solo for argiloso, o tempo será duplicado.”


23:34 11/06/2023

Band Notí­cias, Competição elege os coveiros mais rápidos na Paraíba

20:33 11/06/2023

O detalhe é que no Pá na Cova há o volume usado pra competição, vamos botar assim arredondando, mais ou menos metade do volume de uma cova padrão. A cova padrão tem 2,992 m³ e a competição do ela exige uma cova de 1,54 m³ (2,2x0,7x1), até pra não extenuar os atletas 😁.


20:45 11/06/2023

Bom Dia Paraíba, Torneio 'Pá na Cova' premia coveiros mais rápidos da Paraíba

20:49 11/06/2023

Esse vídeo do Pá na Cova está mais detalhado porque, apesar de ser extremamente intrusivo na competição em si, pelo menos o repórter deu uma informação pertinente que no vídeo anterior não tinha da Band, o tempo que os participantes tinham pra realizar a prova: 50 min para cavar 1,54 m³. É interessante fazer um cálculo aí, porque a gente está falando de profissionais experientes na área, pois diz que ter comprovação de profissional como coveiro é requisito pra competir. Então é só a nata da categoria de coveiros. 


Se uma dupla da nata da categoria faz uma cova de 1,54 m³ em 50 min, um cara comum sozinho vai levar o pelo menos o dobro do tempo, talvez mais. Em vez de 50 min ele leve 2h, porque também tem um tempo de descanso, não vai fazer tudo num pau só, então uma calcula-se, assim por alto, que um cara sem experiência cava 1,54 m³ em, pelo menos, 2h. E pra fazer eh uma cova normal? Enfim, ele vai levar o dobro disso. Então uma pessoa sozinha hum e tá? Levaria quatro horas pra cavar uma cova padrão. Enfim, são só conjecturas duma pessoa que não tem experiência nenhuma em cavar buraco (cova canina não conta) nem com matemática.


23:23 20/07/2024

Revendo o cálculo, se 2 coveiros experientes fazem 1,54 m³ em 50 min (1,848m³/h) e uma pessoa comum faz o mesmo volume em 2h; temos que 0,77m³/h é o padrão de escavação amadora. Logo, uma cova padrão, 2,992 m³ é cavada em 3,88 h ou 3h53min.


00:07 21/07/2024

Como eu farei pra criar um cálculo minimamente descente com os Aspectos, Dotes e Habilidades da BALA? Não faço a menor ideia. Por enquanto.

Pra você que me acompanha e comenta com sugestões e (principalmente) críticas, desejo um feliz dia do amigo atrasado. Beijo no quengo e até a próxima.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Relato de sessão, Dungeon Trash, Dia 5


Dungeon Trash* - Jogo teste aberto

Sessão 3: 16/06/24 no Discord do Rizoma

(Agradecimentos ao César pelo espaço, ao Marcelo e ao Xikowisk pelo espaço nos blogs para hospedar os relatos)

Jogadores: Gustavo, Thiago Elendil, Bruno, JP, Serejo e Xikowisk

Personagens: Dimas (Gustavo), Afrânio (Elendil), Antônio (Bruno), Nárnia (JP), 5ª série (Serejo) e Zé (Xikowisk)

Dia 5 do Segundo Ano Pós-Bomba

O dia começou sombrio, com uma chuva persistente que teimava em lavar a desolação do mundo. Afrânio, Dimas, Zé e 5ª série decidiram esperar o aguaceiro cessar antes de arriscar mais uma incursão à superfície. 5ª série, um adolescente recém-chegado ao bunker, observava com olhos curiosos e atentos.

Zé, com gesto mecânico, fervia a água, tentando desesperadamente amenizar a ação dos poluentes na fétida e escura substância. Alimentaram-se do queijo encontrado por Dimas no dia anterior e beberam a água fervida, que parecia qualquer coisa, menos água. Dimas, Afrânio e Zé não suportaram o líquido, contraindo uma indisposição estomacal. Apenas 5ª série permaneceu incólume, talvez devido à juventude que o tornava mais resiliente.

Quando a chuva finalmente cessou, os quatro partiram para o oeste, esgueirando-se entre pilhas de entulho e lixo que adornavam as ruas. Em meio à caminhada, avistaram um homem parado, vasculhando uma pilha de lixo com um olhar de quem busca um tesouro perdido. Aproximaram-se e trocaram algumas palavras. O homem se revelou como Nárnia, um sobrevivente em busca de mais um dia de vida. Ele se juntou ao grupo, e seguiram em direção ao oeste, buscando a esperança líquida em forma de água potável.

Horas de caminhada se passaram até avistarem outro homem, agora em cima de uma pilha de detritos, brandindo um livro e gritando para o vazio. Afrânio, com a curiosidade que só os desesperados possuem, aproximou-se para dialogar. O homem, um idoso aparentemente cego, proclamava a missão de espalhar a palavra dos grandes. Zé aproximou-se, impiedoso e declarou:

-Vou usar de misericórdia com este velho, ele está claramente louco! E puxou o facão.

O homem, ouvindo a voz, começou a murmurar uma benção enquanto sua garganta inflava grotescamente, semelhante à de um sapo. Afrânio, espantado, perguntou:

-Você não era cego, como sabe que somos dois?

O velho, com uma voz gutural, respondeu:

-Sou cego, não surdo.

De sua boca saiu um arroto podre, seguido por um jato de líquido verde e ácido que atingiu Afrânio e Zé, queimando lhes a pele. Enfurecido, Afrânio sacou seu revólver e, com um tiro certeiro, explodiu a cabeça do infeliz. Vasculhando seus pertences, encontraram três latas de feijão, um canivete e um livro em branco.

Saíram da estrada, escondendo-se atrás de uma pilha de lixo para tratar os ferimentos e mordiscar um pedaço de queijo. Um homem se aproximou, apresentando-se como Antônio. Ele alegou conhecer 5ª série, que confirmou a informação. Antônio se uniu ao grupo e, após comerem e cuidarem das feridas, seguiram em frente.

5ª série subiu em escombros para tentar avistar além e ajudar na definição de uma rota. Do alto de uma casa em ruínas, observou:

Oeste: Condomínio de prédios em ruínas, com um prédio central intacto.

Norte: Vastidão de lixo e ruas.

Sudeste: Descampado com lixo e a silhueta de um navio naufragado.

O grupo decidiu investigar o condomínio. Ao chegarem, Afrânio e 5ª série se aproximaram do prédio intacto, cujas paredes escorriam uma gosma verde. 5ª série, com um borrifador, aplicou álcool na gosma, que borbulhou, mas continuou a escorrer. Afrânio, com um pedaço de cano, cutucou a substância, que revelou uma face grotesca cheia de dentes finos. A criatura tentou morder Afrânio, que, em um reflexo, arremessou o cano longe e começou a esmagar a face com uma pedra.

Apesar do acontecimento bizarro, decidiram entrar no prédio. Nárnia percebeu que havia energia elétrica no local. Afrânio, 5ª série, Antônio, Nárnia e Dimas entraram, enquanto Zé ficou de guarda do lado de fora. No hall de entrada, encontraram um ambiente organizado, típico de um prédio comercial, com um elevador e uma porta para as escadas, além de seis pilares imponentes.

Lá fora, Zé ouviu passos vindo do lado esquerdo do prédio. Correu para uma cobertura nas ruínas próximas, observando três criaturas semelhantes às que havia encontrado no hospital dias atrás. Zé, alarmado, correu de volta para o prédio, alertando os amigos:

Preparem-se, três criaturas estão a caminho!

Um confronto mortal teve início. A rápida decisão de Zé salvou o grupo naquele dia. As criaturas grunhiram e brandiram machados, mas foram prontamente recebidas com disparos. Afrânio e 5ª série, com seus revólveres, derrubaram duas das três bestas. Antônio e Nárnia, com arco e atirador de pregos, não deixaram espaço para reação. Peneiradas por balas, flechas e pregos, caíram inertes, sangrando um líquido negro e viscoso.

Com medo de que o barulho atraísse reforços, o grupo fugiu do prédio, rumando de volta ao bunker. Não encontraram água, mas o dia não foi totalmente perdido. Com o profeta dos grandes, conseguiram três latas de feijão enlatado, um canivete e três machadinhas das criaturas mortas na porta do prédio antes de sair correndo.

Anotações de Gustavo Negreiro

Fim da sessão.

Thiago Roos

*Dungeon Trash é um jogo de horror e sobrevivência trash em um mundo devastado pela poluição ambiental. Está em fase de jogos-teste e é de autoria de Thiago Roos e Thiago Elendil.

terça-feira, 9 de julho de 2024

Relato de sessão, Kalymba, parte 2, O Templo da Palha de Pedra


Aventura: O Templo da Palha de Pedra (23/06/2024)

Griô: Rodrigo Semente

Protagonistas: Groc (Gabriel), Ord Nalam (Felipe), Malika (Kaline), Kaki (Lucas) e depois Wina (Xikowisk).

Sinopse:

A busca para descobrir a fonte de uma praga que assolava um rio levou os guardiões até uma rocha de pedra esculpida para parecer coberta de palha.

Agora quem irá explorar esse misterioso local, fonte de perigosas pragas que assolam o rio local?

(Missão 4 de Kartha, a cartografa)

Resumo: Seguindo as dicas de Wina e Nawi surgem Groc, um gorila oboniano devoto de Junagan, Kaki, um dooshura mandingueiro, Ord Nalam, um dooshura devota de Eksun e Malika, uma jengu devota de Legwã.

Eles se encontram de frente para o templo Ulom, e após derrotar dois Nzumbis eles percebem que para entrar no templo precisam fazer ebós dignos do Orixá. Eles procuram por barro e passam um bom tempo moldando e aquecendo o jarro de barro em uma fogueira. Quando prontos criam três jarros e os enchem d'água para fazer oferenda ao Orixa da Cura e da Doença.

Um Eles deixam na entrada, fazendo o símbolo do orixá abrir em uma passagem na parede rochosa. Eles entram por um corredor e Malika sente uma energia negativa forte. Eles decidem passar a noite no corredor se recuperando.

Quando acordam entram na sala, que possui várias estátuas de antigos devotos ou mundanas de Ulom, mas da boca das estátuas saem nuvens de insetos. Malika pensa rápido e conjura uma barreira mística, que os protegem de qualquer dano.

A dala possui dois caminhos, um da esquerda e outro para direita, eles rumam rumam para o caminho da esquerda, mas presentem algo negativo. Então decidem voltar e partir para o corredor da direita, e nesse momento Wina retorna e encontra o grupo. Eles exploram a passagem da direita e encontram uma sala repleta de nichos com pergaminhos onde registram vários itans, as histórias dos orixás.

Com o avanço do perigo eles decidem fazer daquela sala um ponto de passagem, e instalam um cristal de transporte para Pontalua.

Rodrigo Semente

https://discord.com/channels/757270907445182554/1216023037497966642/1254998049961410591

domingo, 7 de julho de 2024

Aforismos SISPRO 15, As etapas do luto


09:54 05/06/2024

Tô rediagramando as desvantagens do SUGIP 4ª ed. e pensei que seria uma boa ideia usar pecados capitais como traços contra e seus opostos como traços pró.

Avareza Bondade

Gula Temperança

Inveja Caridade

Ira Paciência

Luxúria Castidade

Ócio Diligência

Soberba Humildade


10:13 05/06/2024

Lendo sobre, começo a ficar reticente. Alguns dos pecados pode ser reflexo de neuro-divergências, que podem ser substituídas por alternativas calcadas na ciência, e não em moralidade difusa.


15:02 13/06/2024

Eu tava revendo a simulação de vaquinha da BALA pra tirar o valor do PDF. Eliminei os custos de produção e envio, deixando só a porcentagem dos profissionais envoltos, 14,592% do preço de capa, que é R$ 5,49.

Então, caso alguém queira adquirir a BALA depois da vaquinha, não será nenhum problema. Só precisa definir o hiato de disponibilização. Depois da entrega do livro aos apoiadores é um bom marco.


09:54 15/06/2024


Eu tava pensando no Bruce, enquanto escovava os dentes, e pensei em de repente colocar regra pra companheiro animal. Para além da obviedade (aspectos, dotes, traços, expectativa de vida) falar também sobre o luto e como como isso afeta o aspecto social e os dotes sociais da boneca. Então dependendo da relação com o companheiro, você perder a agência, a interação, de realmente se socializar. E dependendo da intensidade isso pode extrapolar pra algo mais. Mas pra isso eu tenho que ler um pouco mais sobre o luto. Como se configura para o fator psicológico e social. Então vou vou dar uma lida pra poder elaborar melhor.


00:01 27/06/2024

Refletindo sobre a transmissão ao vivo do último Plantão Simulado, decidi fazer a BALA num volume menor que as 300 páginas idealizadas inicialmente. Não sou nem desenhista de jogo, quanto mais experiente para algo tão audacioso.


Então orcei:

Formato 148x210mm

Papel capa Cartão triplex 300g

Cores capa 4 cores frente

Orelha da capa Não

Acabamento capa Verniz uv total frente

Papel miolo Offset 75g

Cores miolo Preto

Miolo sangrado Não

Páginas miolo 80 p.

Acabamento miolo Dobrado

Acabamento livro Canoa

Guardas livro Não

Extras Termocontrátil individual

Frete Incluso

Tirarem 100.000

Custo gráfico R$ 383.000,00

Custo unitário R$ 3,83

É mais de 8000 pra caralho à beça!!!

O peso agora é de 205 g. Que segundo a última tabela para Impresso Nacional dos Correios, depois do reajuste de 4,39% em 3 de abril, foi de R$ 4,85 para R$ 5,06. Juntando com os R$ 3,90 do Registro Módico (exclusivo no serviço Impresso), temos um total de envio de R$ 8,96. Somando tudo:

  • Parcial R$ 1.374.784,17 (87%);
  • Catarse R$ 205.427,52 (13%);
  • Total R$ 1.580.211,69 (100%);
  • Apoio de A5+PDF R$ 15,80.


10:23 07/07/2024

Acabei de ler o verbete luto na Wikipedia e agora consultando artigo de referência. Mais cedo até tive um papo com Thiago Roos sobre cada Dote ser também como uma barra de energia, assim como a Força (Fç). 


10:53 07/07/2024

Em síntese, uma das teorias do luto mais difundidas segue sendo a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross. Referência no atendimento a doentes terminais, considera 5 etapas do luto na obra Sobre a Morte e o Morrer:

Negação;

Raiva;

Barganha;

Depressão;

Aceitação.

As pessoas costumam pensar nas fases do luto como semanas ou meses duradouros, mas elas são respostas a sentimentos que podem durar minutos ou horas à medida que entramos e saímos de um e depois de outro.

FONTE: 5 etapas do luto. https://clinicapsicanalitica.com.br/etapas-do-luto/

Em caso de perda de um companheiro animal, membro do grupo ou bnj, poder-se-ia fazer teste Psicológico, com ônus e bônus pertinentes, para passar para a etapa seguinte até a última.


11:05 07/07/2024

A possibilidade de Dotes se comportarem também como barra de energia possibilitaria outras formas de disputa, por exemplo, um julgamento, onde promotoria e defesa se digladiam juridicamente. Ou o duelo infernal entre João Pestana e Lúcifer.


11:19 07/07/2024

Voltando ao luto... Analisando cada etapa para confecção de mecânica pertinente.

1: Negação

Nesta primeira fase, normalmente, a reação imediata ao anúncio da morte de alguém amado/querido é efetivamente a rejeição. A pessoa em luto não acredita, e recusa-se a acreditar na possibilidade de ter perdido algo ou alguém tão querido, rejeitando assim a realidade. “É impossível!”, é o pensamento constante e recorrente que assola a pessoa.

Neste caso, a negação tem como objetivo protegê-la de uma verdade inconveniente, no entanto esta negação pode desestruturá-la psicologicamente. Este estágio do luto pode variar na sua duração, podendo demorar minutos, dias ou semanas a passar.

É comum que a pessoa em luto procure o isolamento social e o distanciamento de tudo que a faça recordar o indivíduo/ser que partiu.

Uma primeira falha no teste Psicológico deixa a bj aqui. A margem de falha, hiato entre o valor alvo e o valor obtido, devera ser descontado da Interação (Iç) da bj. Quando recobrar a Iç inicial, poderá ir pra próxima etapa.


2: Raiva

Sentimentos como a raiva, a angústia, o desespero, o medo, a culpa e a frustração são uma constante na vida da pessoa em luto. Este turbilhão de sentimentos invade lhe frequentemente a mente, levando-a ter condutas ríspidas e desagradáveis para com os outros. A agressão será a resposta, quando alguém a tenta trazer para a realidade, pois sente-se ainda incapaz de aceitar a perda.

É possível que a pessoa em luto manifeste a sua raiva por meio de atitudes autodestrutivas, como beber exageradamente, discutir com desconhecidos e destruir propriedade alheia. A pessoa encontra-se transtornada e não compreende a gravidade das suas ações/comportamentos.

Uma segunda falha no teste Psicológico deixa a bj aqui. A margem de falha, hiato entre o valor alvo e o valor obtido, devera ser descontado do Intelecto (It) da bj. Quando recobrar o It inicial, poderá ir pra próxima etapa.


3: Negociação

Esta fase do luto consta de negociações, ou seja, a pessoa em luto negoceia consigo própria ou com uma entidade superior em que acredita na tentativa desesperada de aliviar a sua dor. Diversos pensamentos tais como “e se eu tivesse feito isso” ou de “se eu fizer X coisa, posso reverter a situação” invadem a mente da pessoa em luto. Mesmo que ela tenha consciência da impossibilidade de desses atos, ela alimenta-os para se confortar.

Uma terceira falha no teste Psicológico deixa a bj aqui. A margem de falha, hiato entre o valor alvo e o valor obtido, devera ser descontado do Raciocínio (Rn) da bj. Quando recobrar o Rn inicial, poderá ir pra próxima etapa.


4: Depressão

A pessoa é invadida por um grande sofrimento, que pode prolongar-se por semanas ou meses. Ela apega-se à dor causada pela partida do ente querido, usando-a como “alimento” para permanecer em estado depressivo.

Assim, a pessoa em luto tipicamente chora muito, repensa as suas decisões e experiências de vida, isola-se de familiares e amigos, tem crises de saudade e não consegue retomar a vida normal tal como era antes.

Este estágio do luto requer muito apoio por parte das pessoas que lhe são mais próximas, para além de acompanhamento psicológico, fundamental em certos casos.

Uma quarta falha no teste Psicológico deixa a bj aqui. A margem de falha, hiato entre o valor alvo e o valor obtido, devera ser descontado da Agência (Ac) da bj. Quando recobrar a Ac inicial, poderá ir pra próxima etapa.


5: Aceitação

A aceitação é o último estágio do luto, pois é nesta ocasião que a pessoa em luto compreende a sua nova realidade, composta pela ausência de quem partiu. Os sentimentos e angústias já foram todos exteriorizados, originando uma sensação de paz interior.

O facto de se aceitar a perda de alguém que amávamos muito, não significa, seguir a vida como se essa pessoa nunca tivesse existido. Não é esquecer os momentos bons partilhados com ela, nem enterrar lembranças agradáveis. A saudade ainda vai mexer com as emoções e o ente amado ainda pode aparecer nos pensamentos da pessoa em luto, anos após a partida do ente querido. Por vezes, a saudade existente é tamanha, que ainda é possível sentir o cheiro do ente querido.

Aceitar significa conviver pacificamente com a perda. É o mesmo que recordar a pessoa que partiu com carinho, estar agradecido por ela ter feito parte da sua vida, compreender que é preciso continuar a viver mesmo sem a presença dela, compreendendo que a vida não é infinita.

Um primeiro sucesso no teste Psicológico deixa a bj aqui. A margem de sucesso, hiato entre o valor alvo e o valor obtido, devera ser o bônus na Interação (Iç) da bj para auxilio de enlutados até a etapa de aceitação.


12:46 07/07/2024

Resumindo, teste de luto:

  1. Teste Psicológico (P) fácil (25%), normal (50%) ou difícil (75%) dependendo da proximidade. Passando, vai pra 5ª etapa; Falhando, vai pra 1ª.
  2. Após superar a 1ª etapa, faz novo teste Psicológico pra tentar pular pra etapa seguinte. Falhando, se mantém na atual.
  3. Após superar a 2ª etapa, faz novo teste Psicológico pra tentar pular pra etapa seguinte. Falhando, se mantém na atual.
  4. Após superar a 3ª etapa, faz novo teste Psicológico pra tentar pular pra etapa seguinte. Falhando, se mantém na atual.
  5. Após superar a 4ª etapa, faz novo teste Psicológico pra descobrir o modificador de Interação (Iç) no auxílio de enlutados. Passando, tem bônus igual a margem de sucesso. Falhando, tem ônus igual a margem de falha, hiato entre o valor obtido e o valor alvo.

Claro que se trata de uma regra opcional. Caso haja consenso à mesa, mj e bj podem usar esse recurso mecânico-narrativo.

Beijo no quengo e até a próxima.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Relato de sessão, Dungeon Trash, Dia 4



Dungeon Trash* - Jogo teste aberto

Sessão 2: 15/06/24 no Discord do Rizoma (agradecimentos ao César pelo espaço, ao Marcelo e ao Xiko pelo espaço nos blogs para hospedar os relatos)

Jogadores: Gustavo e Ewerton

Personagens: Dimas (Gustavo), Tovak (Ewerton) e Gilmar (Ewerton)

-x-

Dia 4 do Segundo Ano Pós-Bomba

Era o quarto dia do segundo ano após a queda da bomba. Dimas e Tovak estavam no bunker, rodeados por sombras, debatendo sobre a escassez de recursos que ameaçava suas vidas.

— Já se passaram dois dias sem que tenhamos algo para comer e beber. Estou fraco pra cacete - resmungou Tovak, com a voz carregada de desespero.

— Vamos à superfície hoje. Vamos dar sorte, eu posso sentir - retrucou Dimas, com um otimismo desesperado.

Mal sabia ele o horror que os aguardava na superfície. Os dois partiram a leste do bunker, sob uma neblina pestilenta e um céu nublado. A paisagem era um mar de pilhas de lixo e entulhos, uma visão dantesca que parecia saudar a sua chegada com um silêncio mortal. Enquanto buscavam desesperadamente por recursos, depararam-se com duas criaturas sinistras, remanescentes dos horrores que haviam testemunhado no hospital dias antes.

— Venha, vamos em silêncio por dentro dessa pilha de lixo. Vou atirar com meu lançador de pregos em um deles e os pegamos de surpresa! — sussurrou Tovak, com determinação nos olhos.

Preparando a arma improvisada, Tovak disparou, e o prego atravessou o crânio de uma das criaturas, que caiu morta instantaneamente. A outra, alertada pela morte do companheiro, saiu correndo, contornando a pilha de lixo, mas não sem antes lançar uma machadinha na direção de Tovak. O som do impacto e o estalo seco do crânio de Tovak foram seguidos por um filete de sangue escorrendo por seus olhos. Ele caiu morto, sem vida.

Dimas, com a adrenalina disparada, viu seu companheiro cair e, com o coração acelerado, correu para a pilha à esquerda. Arremessou a machadinha que estava enterrada na testa de Tovak, mas errou. A criatura contornou a pilha e, agora de frente para Dimas, avançou com outra machadinha. O golpe rasgou o colete à prova de balas que Dimas usava, mas não conseguiu feri-lo gravemente. Em um movimento ágil, Dimas contra-atacou, acertando o braço da criatura, que soltou um grito agudo de dor enquanto sangue negro escorria de seu ferimento. A criatura, com um golpe de baixo para cima, acertou a perna e o abdômen de Dimas, espalhando sangue pelo chão. Contudo, o ataque deixou a criatura exposta, e Dimas, com um golpe certeiro e cheio de fúria, decapitou-a.

Ferido e com a respiração pesada, Dimas correu até o corpo de Tovak, recolhendo seus pertences. Despediu-se rapidamente do amigo morto quando ouviu um estrondo seguido de uma explosão. Um avião caía a poucos quilômetros de distância. Dimas olhou ao redor e percebeu que estava sendo observado. Um homem saiu de trás de uma pilha de lixo.

— Eu sou Gilmar e vi tudo. Você deu cabo daquela criatura! Mas seu amigo deu azar, né?

— Pois é, você viu tudo e nem para ajudar? Enfim, você viu o avião? — respondeu Dimas, com amargura na voz.

— Sim, vi! Posso me unir a você? Que tal irmos até o avião?

— Ok! Vamos, não podemos ficar dando sopa.

Os dois partiram em direção ao avião e encontraram-no partido ao meio, sendo saqueado por pequenas criaturas aladas de forma organizada. Decidiram voltar e vasculhar uma loja de eletrônicos no caminho. Encontraram 21 queijos azedos em boas condições e um carrinho de carregar caixas com os pneus furados.

Voltaram para o bunker com os queijos e o carrinho. No caminho, avistaram uma roda gigante, relíquia de um parque de diversões em ruínas, que se erguia contra o horizonte cinzento como um símbolo de um passado irremediavelmente perdido.

E assim terminou mais um dia na desolação de um mundo devastado pela poluição ambiental, onde cada passo pode ser o último, e a esperança é um luxo que poucos podem se permitir. 

Anotações de Gustavo Negreiro


Thiago Roos


*Dungeon Trash é um jogo de horror e sobrevivência trash em um mundo devastado pela poluição ambiental. Está em fase de jogos teste e é de autoria de Thiago Roos e Thiago Elendil.