segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Óciocast #0017 Tá dominado #003 Declaração Universal dos Direitos Humanos



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Em comemoração aos 70 anos da DUDH, nós do Óciocast, Larissa Freire, Rafael Castro Couto e eu, Xikowisk, convidamos o Willian Vulto, do Observador Quântico e do Curta um Curta, para essa leitura tão menosprezada, porém importantíssima:

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem;

Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime de direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;

Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;

Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;

Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais;

Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso:
A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.


Artigo 1°

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2°

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico
ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3°

Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4°

Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Artigo 5°

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Artigo 6°

Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.

Artigo 7°

Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8°

Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.

Artigo 9°

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Artigo 11

1.Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.

2.Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.

Artigo 12

Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei.

Artigo 13

1.Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.

2.Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.

Artigo 14

1.Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.

2.Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 15

1.Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.

2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16

1.A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.

2.O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.

3.A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado.

Artigo 17

1.Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade.

2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

Artigo 18

Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Artigo 19

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.

Artigo 20

1.Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.

2.Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21

1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios, públicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.

2.Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país.

3.A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

Artigo 22

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

Artigo 23

1.Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.

2.Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.

3.Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social.

4.Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.

Artigo 24

Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas.

Artigo 25

1.Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência
por circunstâncias independentes da sua vontade.

2.A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social.

Artigo 26

1.Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.

2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.

3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos.

Artigo 27

1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.

2.Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

Artigo 28

Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração.

Artigo 29

1.O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.

2.No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática.

3.Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente e aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 30

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.


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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Óciocast #0016 É caô! #002 Querido Tio do Whatsapp


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Alô você de todo mundo que se liga no Óciocast.

Neste novo episódio, entramos na campanha #PodosferaUnida #EleNão, promovida pelo Podcaster Procura.
Daniel, nosso leitor asimoviano, lê pra você o texto, “Querido Tio do Whatsapp”, uma carta, com amor!, de Léo Nader, para o Justificando.

Citados no episódio:
Lula, ONU, Brasil: E agora?
Tucanos, liberais e libertários: um apelo para a direita libertária
Polarização no Brasil cria névoa sobre a crise de direitos humanos na Venezuela
Venezuela: um pouquinho de coerência?
Repensando a postura da esquerda na criação do ‘mito’ Bolsonaro
Os paneleiros podem ser a salvação do Brasil?
Dia internacional da Síndrome de Down: por direitos e cidadania

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Óciocast #0015 Entrevista Bárbara Aires



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Hoje, Larissa, Rafael e eu, Xikowisk, entrevistamos Bárbara Aires.

Bárbara Aires, mulher transexual, foi criança de rua e hoje é Consultora de Gênero e Sexualidade, universitária (Comunicação Social – Jornalismo, trancada na FACHA) , atriz e produtora.

Está Candidata a Deputada Estadual pelo PSOL-RJ e já foi Assessora Parlamentar do vereador David Miranda, PSOL-RJ, produtora e consultora do programa “Amor & Sexo” por 2 anos, consultora das duas temporadas da série “Liberdade de Gênero”, do GNT e “Quem Sou Eu”, do Fantástico.

Militante e Ativista Trans desde 2007, já foi Presidente da ASTRA, Conselheira Estadual LGBT, participou de 2 processos de conferência de direitos humanos LGBT, 2011 e 2015, tendo participado como delegada nos dois anos na conferência nacional de direitos humanos LGBT, ministrou centenas de palestras e concedeu inúmeras entrevistas em todo território nacional, acumulando prêmios como: Trans Destaque da Mídia – Prêmio Neto Lucon, Prêmio Direitos Humanos Arco Íris – Visibilidade Trans, Prêmio Revista S – Visibilidade Trans, todos no ano de 2012.

Fizemos uma entrevista maravilhosa com ela que, com certeza você vai gostar.

Elos citados:
Conheça o material Escola sem Homofobia, nomeado "kitgay" pela direita fascista

Elos de Bárbara Aires:
Página
Facebook
Instagram
Twitter

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sábado, 22 de setembro de 2018

Óciocast #0014 Tá dominado! #002 50 receitas de Boulos para mudar o Brasil


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Eis o 2º! Sim eu sei que prometi o 'Colosso Negro', de Robert E. Howard, antes. Mas você ouvinte tem que entender que é preciso falar de política em tempo de eleição. Logo teremos mais Conan, Lovecraft e Machado de Assis. Aguarde e confie.

Falemos da obra. O PSOL lançou seu programa de governo que chamou a atenção pela forma como foi feito (coletivamente entre mais de 200 ativistas e intelectuais), mas também pelo seu volume, 228 páginas. Pensando em tornar mais palatável toda essa informação, foi criado o genial 50 receitas de Boulos para mudar o Brasil. As 120 páginas passeiam pelo programa do partido, como se livro de receita fosse, com ingredientes, modo de preparo e tudo, além da estética particular ao gênero.

Visando facilitar ainda mais sua vida e poupar seu tempo, Maricota lê esta obra pra ti em menos de 90min! Tem coisas que só o Óciocast faz por você. Aproveite o programa.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Óciocast #0013 Eu, eleitor



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Alô você de todo mundo que se liga no Óciocast.

Venho hoje, despido de minha persona podcastal, me apresentar a você como eleitor. Contando a história conturbada da minha filiação ao PSDC.

Este programa é só pra te preparar para o próximo.

Beijo no quengo e até a próxima.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Óciocast #0012 Tá dominado! #001 Além do Rio Negro


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Alô você de todo mundo que se liga no Óciocast. Começa agora o Tá dominado, projeto de contagem de estórias de domínio público, engavetado há 4 anos. Pra começarmos os trabalhos, Maricota lê pra você Além do Rio Negro.

Publicado pela primeira vez na revista Weird Tales , volume 25, números 5 e 6, em maio e junho de 1935, Além do Rio Negro, de Robert E. Howard, foi o 1º conto publicado sobre Conan, o bárbaro.

O prefácio da história fala da jornada de Conan a Punt com Muriela, uma fraude perpetrada contra os adoradores de uma deusa de marfim, e depois para Zembabwei, onde ele se junta a uma caravana de comércio a caminho de Shem. Por volta dos 40 anos agora, Conan visita sua terra natal e descobre que seus velhos amigos são agora pais. Entediado, Conan parte para as Marchas Bossonianas e se torna um Escoteiro em Fort Tuscelan, no Rio Negro, na fronteira oeste da recém-conquistada província aquiloniana de Conajohara.

Espero que goste.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Óciocast #0011 É caô! #1 Museu, atentado, jornaleiro


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Alô, você de todo mundo que se liga no Óciocast.
Esse programa vai passear pelos últimos acontecimentos do começo de setembro de 2018, e esclarecer a boataria vigente. Todos os elos(ou links, se você não é fluente em português) estão listados.

Elos(ou links, se você não é fluente em português):
-Verba usada no Museu Nacional em 2018 equivale a 2 minutos de gastos do Judiciário e 15 minutos do Congresso( https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45377267 )
-O Governo deu R$ 60 milhões para artistas pela Lei Rouanet e nada para o Museu Nacional?( http://www.e-farsas.com/o-governo-deu-r-60-milhoes-para-artistas-pela-lei-rouanet-e-nada-para-o-museu-nacional.html )
-Roberto Leher, reitor da UFRJ, diz que direita merece bala na cabeça durante discurso?( https://www.boatos.org/politica/roberto-leher-reitor-ufrj-direita-bala.html )
-Perguntas a um homem bom”, de Bertolt Brecht( http://blogcarlossantos.com.br/perguntas-a-um-homem-bom/ )

-PSOL confirma que suspeito de esfaquear Bolsonaro foi filiado ao partido( https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/09/06/psol-confirma-que-suspeito-de-esfaquear-bolsonaro-foi-filiado-ao-partido.htm )
-Fotos mostram o agressor de Bolsonaro ao lado de Lula! Será?( http://www.e-farsas.com/fotos-mostram-o-agressor-de-bolsonaro-ao-lado-de-lula-sera.html )
-Homem que tentou matar Bolsonaro recebeu R$ 350 mil do PT, diz PF #boato( https://www.boatos.org/politica/militante-bolsonaro-recebeu-350-mil.html )
-Bolsonaro entrou andando a pé no hospital após ser esfaqueado #boato( https://www.boatos.org/politica/bolsonaro-entrou-andando-pe-hospital.html )
-Facada sem sangue? Médico sem luva? As teorias da conspiração da agressão a Bolsonaro( https://www.tribunapr.com.br/noticias/politica/facada-sem-sangue-medico-sem-luva-as-teorias-da-conspiracao-da-agressao-bolsonaro/ )
-CRIMES Foto mostrando a cicatriz na barriga de Jair Bolsonaro é de 2017 e foi copiada do 4Chan?( http://www.e-farsas.com/foto-mostrando-a-cicatriz-na-barriga-de-jair-bolsonaro-e-de-2017-e-foi-copiada-do-4chan.html )
-'Aceitei como estratégia de marketing', diz advogado que defende agressor de Bolsonaro( https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45476870 )

-PSOL propõe lista suja de machismo, mas privilegia homens na Câmara dos Deputados(https://epoca.globo.com/expresso/psol-propoe-lista-suja-de-machismo-mas-privilegia-homens-na-camara-dos-deputados-23056372)
-Reposta do PSOL a coluna Exame, da Época.


-Link para consulta dos servidores efetivos por lotação: http://bit.ly/2N4d7BR
-Link para consulta dos CNE´s: http://bit.ly/2N4d9tt



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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Óciocast #0010 Foclore #1 Saga dos Tárias - Os filhos do trovão

Ilustração original por arcanoteca.blogspot.com

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Alô, você do mundo todo que se liga na gente do Óciocast.

Depois de um “bug” encontrado entre o teclado e o acento, perdi o episódio sobre misoginia, além de 5 outros de RPG.
O bom disso foi que você pode conferir o novo projeto de contagem de estória. Começamos com a 1ª parte da Saga dos Tária. Espero que goste.

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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Óciocast #0009 O castigo de Quelone


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Alô, você que se liga na gente do Óciocast. Xikowisk falando pra você do mundo todo. Trago pra você a origem da entidade patrona do Óciocast, Quelone. Espero que goste.

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Yang revela seu novo projeto

Ao falar de seu último trabalho com O Novo Super-man, em seu blog, o escritor Gene Luen Yang afirmou:
"Este não é o fim do meu trabalho na DC Comics, também."

Em seguida mostrou a imagem:
Apesar de não haver legenda, vemos um garoto com uniforme de basebol, uma garota, Azulão, Lois, Jimmy e Perry White, que apesar de apresentar etnia diferente da original, tem a pinta do editor do Planeta Diário.
O selo DC Zoom, que tem como alvo o público infanto-juvenil entre 8 e 12 anos, vai estrear em abril de 2019 com Super Sons: The Polarshield Project, de Ridley Pearson, e ilustrado por Ile Gonzalez. DC Super Hero Girls: Spaced Out, de Shea Fontana e Agnes Garbowska, será lançado em maio de 2019. A data de lançamento de Superman Smashes the Klan não foi estipulada.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Regra opcional: Críticos


Recentemente o Moostache publicou uma alternativa para a Tabela de Acertos e Falhas Críticas, presente na página 77 da nova edição. Achei bem interessante, mas não gostei da distribuição das consequências da rolagem, prefiro as do livro. Além disso, não havia a contraparte: as falhas.
Usando a ideia de distribuição Gaussiana do Bruno Baere, mas mantendo as consequências da tabela original, produzi as tabelas abaixo.


terça-feira, 5 de junho de 2018

Como criar personagens com alma

Decidi, recentemente, voltar a mestrar. Por várias razões, escolhi o Old Dragon, dos conterrâneos da RedBox, como sistema de regras. Como o Roll20 lamentavelmente não dá suporte ao RPG, resolvi usar o Ronbot no Discord.
Juntei o povo há uns dias pra fazer ficha usando o Fluxovida.
Este suplemento gratuito, feito colaborativamente no fórum da editora, com base no Fluxovida original, contido em Cyberpunk 2020. Consiste em 6 capítulos(e um Apêndice com 3 tabelas engraçadas) que contemplam os aspectos da criação do histórico, há varias tabelas em que você jogará 1d30 pra cada uma, gerando um personagem aleatório, porem com alma.
Analisando o suplemento, meu primo, Racascou, resolveu desenvolver uma linha de código pra fazer as rolagens automaticamente de modo a facilitar a vida. Como ficou muito, muito, muito manero, resolvi colocar aqui, no Ócio leva ao vício, pra todos usarem. Aprecie sem moderação!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Óciocast #0008 Muiraquitã

Ilustração original de BAR

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Alô, você que se liga no Óciocast. Eu sou a Maricota. O Xikowisk tá com um galho no microfone e me pediu pra gravar este episódio.
Hoje, começamos a iniciativa de Contagem de Histórias do Óciocast com o conto, vencedor do Concurso "A Bandeira do Elefante e da Arara RPG", promovido pela página da REDERPG, com o patrocínio de A Bandeira do Elefante e da Arara.

Pedi para o Zezinho lè-lo pra vocês. Divirta-se.

Muiraquitã, de Simone Saueressig.

Maria Mandioca.

Preta, puta e feia. A puta mais feia das que trabalhavam no porto. Mirrada de dar dó. Olhos de fome. Boca caída. Mal saiu da infância na cozinha da casa, abortou. Foi o primeiro. Depois do terceiro natimorto, a mulher mais velha da senzala disse que se sobrevivesse àquela sangria, nunca mais teria filhos.

Maria sobreviveu.

A dona da casa, esposa do dono da fazenda de cana-de-açúcar, disse que não queria mais a negra na sua redondeza. “Traste”, foi o que ela disse. O senhor do engenho não quis perder o negócio, então a enviou para uma casa de meretrício, que lhe garantia algum lucro na venda direta da cachaça que produzia no engenho, aos marinheiros portugueses. O gerente era um conhecido seu. Dividiam os lucros.

Maria Madioca era das que dava menos renda. Só os mais pobres e porcos iam com ela. A moça não falava nada. Ficava com os olhos parados, olhando o teto, enquanto eles iam e vinham dentro dela, uma certa sofreguidão, uma certa urgência. No começo, até contavam quantos homens tinha atendido – o gerente era meio maníaco por manter contagem de tudo, e o dono deles, de Maria, do gerente, do engenho, também gostava das contas bem claras – mas depois foram deixando pra lá. Maria contou até o sexto. Dali em diante não sabia o nome de número algum. Mas quando suas contas chegaram à dez mãos fechadas, decidiu duas coisas: seu nome não era Maria Mandioca, e aquele seria o último homem. Quando ele terminou e rolou de cima dela, respirando aos arrancos, ela levantou silenciosa, agarrou o facão dele ao lado das calças arriadas ao lado do monte de palhas sujas onde tinham se deitado e antes que ele esboçasse um movimento, degolou-o.

Depois sentou, quietinha, olhando o sujeito e até chorou um pouco: era o moço mais bonito que já tinha tido entre suas pernas, era o primeiro homem que matara, e fora o único a subir nela que tinha todos os dentes na boca. Mas como o tempo não para, ela logo se refez, pegou as roupas dele e as vestiu: a sorte é que o gajo tinha mais ou menos o seu tamanho. Só as botas ficaram grandes, mas o resto até que era confortável. Ela enterrou o chapéu na cabeça e, como vira muitos deles fazer para escapar sem pagar por um prazer tão ruim, pulou a janela e caiu no beco atrás da casa, sentindo debaixo dos sapatos, a lama fedida do cais se remover.

E se apoiou na parede, olhando o final do beco com medo e algo feroz, que ainda não tinha nome, tonta de liberdade.

“Eu vou morrer”, ela pensou. E depois “mas não aqui”. E depois, ainda “não hoje”.

Fugiu. Quando o dia nasceu já estava longe, se arrastando como dava pelas margens de um rio que lindava com as muralhas do Mosteiro de São Bento. Nunca soube como não a encontraram – talvez o homem que tinha matado não fosse assim tão importante, talvez fosse porque a saudação à Ogum e Iansã estivessem sempre nos seus lábios: o guerreiro que abre os caminhos, a rainha que manda na guerra. E quando finalmente a floresta a acolheu em sua sombra, a floresta de verdade, ela não esqueceu de agradecer. Tinha uma fome atroz – mas com isso já estava acostumada – e um medo gigantesco que se multiplicou no silêncio sombrio da mata. Não sabia onde estava, não sabia para onde ia. Todo seu corpo tremia de pavor, entendendo que ali mais adiante ouviria o latido dos cães a sua procura. Mas também entendia que estava livre, livre até a morte, fosse ela quando fosse. Lembrou de um homem que vira uma vez, quando acompanhou uma das escravas que vendia doces junto à igreja, para maior riqueza do seu dono. Era um negro de porte majestoso, que passou pela vendedora e sorriu um pouco. Atrás dele vinha um bandeirante de cabelos vermelhos e gibão azul, um chapéu de aba larga e pluma esvoaçante. Maria seguiu a sombra dos dois com olhos de inveja, porque sabia que Oludara tinha sido alforriado um dia por Gerard von Oost, os dois aventureiros da Bandeira do Elefante e da Arara que tinham salvo Olinda de uma criatura conhecida como Pai do Mato ainda no ano anterior.

Para os homens, eram dias de aventura. Sob o sol, o mundo era o mapa sobre o qual caminhavam sem receio.

Para as mulheres, eram dias de sempre. Nas sombras quietas do medo, o mundo era a casa fechada onde rezavam, coziam e pariam com dor.

Ela decidiu que seus dias, fossem quantos fossem, seriam como ela quisesse, onde quisesse. E assim, pôs o medo de lado e mergulhou na floresta e suas mil maneiras de morrer.

Maria Mandioca sobreviveu a isso. Tinha ouvidos bons e o que tinha ouvido dos homens na barra do puteiro, enquanto eles se embebedavam com pinga ruim, lhe deu algum alento para continuar. De milagre em milagre, de golpe de sorte em golpe de sorte, Maria conseguiu vencer as distâncias gigantescas daquela terra sem fim e sem lei, mas já com donos de vidas e mortes. Por onde ia, vestia-se assim, como um rapaz, e se tivesse de entrar em um vilarejo, o fazia à discrição, já quase caída a noite. Não falava com ninguém. Com o tempo, a voz, que antes mal tinha usado, desapareceu dentro dela atrofiada de silêncio. Quem a via, pensava no negrinho de algum senhor que logo apareceria com uma bandeira, em busca de índios, de pedras preciosas, de alguma tropilha perdida de cavalos, e quanto mais ao norte ela ia, mais falavam no rio que parecia um mar e no reino do El Dorado.

Quieta, Maria deslizava entre os casebres de pau a pique e telhado de sapé, e logo que podia se refugiava nas sombras das árvores gigantes.

E assim foi, até que chegou o dia em que se deparou com Memby.

Foi em uma praia muito, muito distante, mata a dentro, terra a dentro, continente a dentro. Maria Mandioca já sabia usar o facão, arco e flecha e a remar canoa, já sabia o que comer e o que caçar. Seu corpo era pequeno mas já não era mirrado, e mesmo que não soubesse, seus olhos não tinham mais aquela fome perpétua. Seu braço, agora, tinha força e, seu passo, a segurança de quem sabe que o próximo, se for o último, será bem dado.

Maria tinha, agora, outra gana, mas ela não sabia disso. Talvez ainda fosse feia. Mas Memby não viu isso.

Memby era alta e forte. Os cabelos longos e pretos estavam presos na nuca e vestia o corpo apenas com o maior arco do que Maria jamais vira, e uma aljava de flechas, que acomodava nas costas. A tira transpassava o peito direito, amputado quando era ainda uma mocinha e a cicatriz era um talho branco sobre a pele clara. O seio esquerdo era uma afronta, de tão belo.

Memby era icamiaba.

Maria Mandioca olhou Memby e pensou que a morte pode ser bela.

Memby olhou Maria Mandioca e achou que tinham encontrado o homem que lhe daria o próximo filho.

O embate foi terrível. O vento dos golpes chacoalhou as ramas mais baixas e, nas águas do rio, surubim fugiu, uma sombra prata dentro das águas escuras. Tartaruga nadou pra longe. Nem jacaré ficou esperando para ver quem sobrava para devorar, quem sabe, o corpo nos últimos suspiros. Era como a luta entre duas onças, uma escura e outra clara, duas feras de força, agilidade e beleza. E como reza a tradição, foi a icamiaba que terminou vencendo, ofegante, suada, um sorriso vibrando na cara bonita, e em toda ela estava a beleza da floresta e seus filhos.

Deitada de costas na areia clara, Maria Mandioca achou que era a morte, enfim, a morte que tinha chegado, e que as mãos claras que empurravam seus ombros não tardariam por sufocá-la. Daí que seus olhos brilhavam já com a noite escapada da semente da tucumã e não havia muito o que fazer: ela escorregou as mãos por entre os braços fortes da guerreira e segurou seu rosto e a puxou e a beijou, porque se era para morrer, que fosse com o que nenhum dos homens que tinham estado dentro ela, jamais tinha lhe dado. Maria Mandioca beijou a icamiaba, e Memby se esqueceu de tudo, e a luta virou outra coisa, e quando descobriu que o moço era uma moça era tarde demais, e o coração da guerreira tinha se rendido à coragem, à força e a raça da vencida.

Foi uma longa noite bela. Maria descobriu, surpresa, que havia algo de bom nos braços de outro ser humano. Memby descobriu, surpresa, que havia mais prazeres entre os seres humanos, do que imaginava até então.

Quando o sol nasceu, Memby levou Maria para a sua cabana, na cidade das icamiabas. E era um pouco estranho ver aquelas mulheres valentes cuidando de suas filhas maiores e dividindo suas casas com amantes que tinham trazido consigo de outras tribos. Guerreiros de muitas nações, fortes, valentes, domados pelas donas de seus corações e desejos. Havia até um espanhol, que todas as manhãs se açoitava, e guardava com cuidado uma batina escura como breu. As noites eram boas, doces e quentes. Os dias longos, iluminados e bons. Algumas mulheres olhavam com desconfiança para Maria, mas não diziam nada. Memby as encarava com vigor e se alguém tivesse pensado em dizer algo, dava de ombros e seguia com seus afazeres. Afinal de contas, ninguém tinha nada que ver com aquilo. Desde que Memby concebesse, tudo estaria bem.

Mas, é claro, o ventre da icamiaba teimava em manter-se plano.

Então, um dia, Memby desapareceu. Voltou duas noites depois, cansada e quieta, muito séria. Levou algum tempo até que o sorriso voltar a se abrir nela. Talvez um ou dois beijos, ou um ou dois carinhos. O que se sabe é que naquela noite, as duas ficaram abraçadas e não dormiram, apenas ficaram ali, balançando a rede de leve, olho no olho, e todos os sonhos passando por eles. E o ventre de Memby, enfim, cresceu, sua teta encheu-se de leite. Ela ficou cansada, pesada e às vezes de mau humor.

E um dia, os gêmeos nasceram: um menino e uma menina. Porque, afinal de contas, tinha de ser assim. Nunca antes o coração de Maria Mandioca se encheu de tanto amor quanto naquele momento em que segurou junto ao peito seco os filhos de sua mulher. As duas guerreiras choraram juntas e finalmente Maria soube que aquela coisa feroz que sentira na noite em que tinha pulado a janela, tinha voltado e trazido seu nome com ela: felicidade.

Quando Memby voltou a andar, ela embrulhou o menino em um pano alvo, feito com a lã de um bicho que vivia muito longe dali, e na primeira Lua Cheia depois de dar a luz, levou seu filho e a sua esposa, a outra mãe dele, para longe da aldeia. Pararam junto a um remanso de rio onde havia uma piroga de bom tamanho, cheia de mantimentos, e uma cesta repleta de metal dourado. Memby colocou o filho no fundo do barco e se voltou para sua mulher. Maria apertou os lábios e chorou um pouco quando sua esposa tirou da aljava uma pedra da cor da mata: lama verde da lagoa encantada, de onde as icamiabas tiram o material para fazer o muiraquitã sacralizado pelo rio-mar e pela luz de Cairé, o lua cheia, que é fiel guerreiro de Rudá, o deus do amor. Memby colocou o presente no pescoço de Maria, beijou-a pela última vez e, antes que o filho reclamasse o seu leite, deu as costas para a sua família e entrou na mata, que se fechou como uma muralha atrás dela. Não voltou os olhos nenhuma vez. Talvez soubesse que se fizesse isso, não poderia partir jamais, e isso seria o fim do amor de sua vida.

Seja como for, foi desse jeito que minha mãe voltou para a cidades dos brancos de posse de um filho e do seu verdadeiro nome: Maria Tucumã, dona de terras compradas a ouro e sangue, senhora de engenhos, de vidas e mortes sobre elas. E eu, que vim com ela, envolto em lã de lhama branca, tenho orgulho de dizer que essa pele que me cobre não é branca, nem negra, nem parda.

É cor do que um dia será Brasil.

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Beijinho na ponta do seu nariz e bye bye.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Óciocast #0007 Immonen e caminhoneiros


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Alô, você que se liga na gente do Óciocast. Xikowisk falando pra você do mundo todo.Conforme prometido, vou lançar programas solo até vocês enjoarem da minha voz.

Fontes:
Stuart Immonen Retires from Comics After Amazing Spider-Man #800
https://www.bleedingcool.com/2018/05/30/stuart-immonen-retire-comics-amazing-spider-man-800/

Greve dos caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-44302137

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Beijo no quengo e até a próxima.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Óciocast #0006 Projetos

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Alô, você que se liga na gente do Óciocast. Muita coisa aconteceu desde o lançamento do último programa:
- Mariele executada brutalmente;
- Luís Roberto Barroso disse o que pensava de Gilmar Mendes;
- Lula foi preso;
- Marx fez 2 séculos;
- Os líderes das Coreias namoraram no portão;
- A paralisação dos caminhoneiros.

Mas não to aqui pra falar disso. Estou aqui pra compartilhar alguns projetos.
Gostaria de fazer mais programas pra você ouvinte, mas me sentia preso falta de participação dos colegas de "projeto". O famoso "vamo marcar" realmente fode quem quer fazer um podcast com certa periodicidade.

Por isso vou largar de mão e começar a fazer o bloco do eu sozinho. Vou fazer programas de menos de 30min, para não enjoarem da minha voz, falando do que eu acho relevante. Tô querendo enveredar para a Contagem de histórias. Nada como o Escriba Café(se não conhece, ouça), tô pensando em uma leitura de contos do Howard, o pai do Conan, e Lovecraft, pai do Cutulu. Diga-nos qual você quer 1º.

Na mesma linha de contagem de histórias, pretendo mestrar uma campanha de Old Dragon(rpg niteroiense de projeção nacional) com amigos e, ao fim da mesma, lançar tudo de uma vez, como se fosse temporada de seriado da Netflix. Espero que gostem.

Pra fechar os futuros lançamentos, pretendo seguir a ideia do Seu Mota, da Agência Transmídia, e fazer um programa de exercício criativo. Faremos um reboot de um superser dos gibis a cada episódio, como se fôssemos o núcleo criativo de uma grande editora.

Espero que consiga dar conta de tudo e te proporcionar um bom entretenimento.

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Beijo no quengo e até a próxima.

sábado, 17 de março de 2018

Óciocast #0005 Intervenção No Rio


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Achou que não ia ter Óciocast de Intervenção? ACHOU ERRADO, OTÁRIO!

Xikowisk recebe, em estágio probatório como nova integrante, Larissa Freire, formada em História pela UFBA e, nosso ilustre convidado, Douglas Fricke, o Exumador, formado em História pela UERJ, concursado pela SEEDUC, integrante do Podtrash, do td1p.com, e do Debates em História, pra debater sobre o tema.

Comentado no programa:

Porque não funciona

Entenda o que a medida significa

Entrevista com a socióloga Marília Moschkovich


"Maior armeiro do tráfico" é preso







Morreu consertando a casa

Xoxomidia
Telegram Super Ouvintes do Mal
CineMasmorra
VortexCultural com o Exumador

Contato
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quarta-feira, 14 de março de 2018

Lynda Carter receberá estrela na Calçada da Fama


A atriz e cantora Lynda Carter, famosa por seu papel principal no enlatado Mulher Maravilha, dos anos 1970, será homenageada em 3 de abril com a estrela 2.632 na Calçada da Fama de Hollywood.

Patty Jenkins, que dirigiu o filme arrasa-quarteirão de 2017, Mulher Maravilha, será uma dos palestrantes convidados na cerimônia.

Coroada como Miss Mundo Estadunidense em 1972, Carter foi catapultada para a fama internacional quando foi lançada como o ícone da DC Comics na série de televisão Mulher Maravilha, entre 1975-1979, substituindo Cathy Lee Crosby. O show foi exibido por três temporadas, primeiro no ABC e depois na CBS, e deixou uma marca duradoura na cultura popular.


Após a série, Carter continuou sua carreira como cantora e atriz, lançando um punhado de álbuns de estúdio e aparecendo em dezenas de papéis de TV e filmes - talvez mais notavelmente como a Diretora Powers, de Super Escola de Heróis(2005) e a Presidente Olivia Marsdin, em Supergirl. Ela também emprestou sua voz para a série de videogames Elder Scrolls.

Carter, de 66 anos, também é defensora das instituições de caridade infantil, das iniciativas de saúde da mulher e da comunidade LGBT, incluindo God's Love We Deliver, GLAAD e a Fundação Susan G. Komen.

Ela assistiu à estréia mundial da Mulher Maravilha de Jenkins, mas, ao contrário de rumores persistentes, não teve uma ponta no filme. No entanto, a diretora disse que ainda espera que Carter possa aparecer na sequência de 2019.

Fonte CBR